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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida


Entre aqueles que acompanham os jogos de futebol americano, há um nome que é uma unanimidade: Tom Brady. Ele é o jogador mais famoso, com mais realizações e mais conquistas em toda a história do esporte. Se pudéssemos comparar com o nosso futebol, ele seria um destaque maior que Pelé e Maradona…

Recentemente ouvi uma entrevista sua quando tinha 27 anos. Ele já tinha conquistado três campeonatos, era absurdamente bem pago e estava indo para sua quarta final. Nesta entrevista, o repórter lhe pergunta: “Este é seu grande sonho, não? É isso que você quer da vida?” O jovem e brilhante jogador responde: “… eu ainda creio que deve existir algo maior para mim. Alguns podem dizer que cheguei ao topo, mas eu digo: tem que existir algo mais. Mas eu não sei o que é… No coração de todo ser humano há um anseio por algo maior. Alguns chamam isso de ‘voltar pra casa’”.

No evangelho de João, os capítulos 12-21 descrevem as últimas 48 horas da vida de Cristo aqui na terra. O discípulos haviam deixado tudo para segui-lo, mas a expectativa deles era um libertador político, um novo governante que libertaria o povo. Jesus investe seus últimos dois dias inculcando em seus discípulos a realidade do evangelho, mas eles ainda não entendem. No capítulo 13, após lavar os pés dos discípulos, ele fala claramente de sua morte. É compreensível que estes homens – que haviam colocado sobre ele todas as suas esperanças – estivessem perturbados. No final do capítulo 13, Pedro diz que morreria por ele e Jesus prediz que ele o negaria ainda naquela noite. O capítulo 14 começa com Jesus fazendo profundas promessas e desafiando seus seguidores a crerem nele e no Pai. Por fim, ele promete que virá buscá-los e que eles conhecem o caminho.

Céu é estar com Jesus e não só o lugar onde vamos morar para sempre.

Neste ponto Tomé faz aquilo que muito de nós já tivemos vontade de fazer em uma aula em que não entendemos o conteúdo: não sabemos, não entendemos! Eu vejo um paralelo grande entre Tomé e Tom Brady. Eles sabem que há algo maior, eles anseiam por este algo maior. Eles querem “ir pra casa”, mas não sabem o que é ou como chegar lá! O mundo hoje oferece muitas respostas, que podem ser agrupadas em dois campos. O primeiro é o moralismo deísta, onde é preciso ganhar uma vida no céu, ou uma reencarnação melhor, ou deixar minha marca por meio de uma vida digna. Muitos evangélicos vivem assim. Seu bilhete de entrada no céu é seu comportamento e crenças justas. Não só buscam ardentemente (e falham escandalosamente) a perfeição, mas são igualmente rápidos em denunciar o pecado alheio. Parece que afirmam: “Posso não ser perfeito, mas sou melhor que…”.

A outra resposta do mundo é o individualismo radical. Este consiste em priorizar seus próprios desejos acima de tudo. Individualistas sabem que há algo errado, mas não sabem o que é, portanto decidem ser juízes da realidade e redefinem a realidade conforme melhor lhes convém. Muitos evangélicos progressistas têm adotado essa linha de pensamento. Se o que a Bíblia diz é ofensivo para a cultura, para este tempo, encontra-se outra explicação, atualiza-se e ressignifica-se o conteúdo bíblico.

Para os Tom Bradys, os Tomés, os moralistas deístas e para os individualistas radicais, Jesus responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). Vamos ver como cada uma dessas respostas nos ajuda em nosso anseio por “voltar pra casa”.

1. Eu sou o caminho. Jesus é o próprio acesso a Deus. Não tenho justiça em mim mesmo para chegar a Deus. Se me aproximo de Deus, descubro rapidamente que sou insuficiente, inadequado, culpado e condenado. Preciso de um novo e vivo caminho. O autor de Hebreus descreve essa realidade muito bem: “Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Lugar Santíssimo pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo” (Hebreus 10.19-20).

2. Eu sou a verdade. Jesus é a própria expressão da verdade. Em um mundo onde fica difícil saber a verdade, ele é a própria verdade. Podemos confiar nele para nos mostrar Deus. Paulo descreve isso em Colossenses 1.15-17: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste”.

3. Eu sou a vida. O evangelho é muito mais do que um lugar onde vamos morar eternamente. A promessa de Jesus ultrapassa muito nossa imaginação, pois, como ele mesmo diz: “E, quando eu for e preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14.3). Céu é estar com Jesus e não só o lugar onde vamos morar para sempre. Tomé não havia entendido (e temo que muitos de nós também não) que “ir pra casa” é estar para sempre com Jesus.

Não sei se Tom Brady conheceu o evangelho. É possível que tenha conhecido e o tenha rejeitado. Mas aquilo pelo que o atleta mais rico, famoso e bem-sucedido do futebol americano anseia está disponível todo dia, a cada instante, a você e a mim: caminhar com Jesus!

Fonte: Chamada da Meia-Noite

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