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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Mais de 1.000 cristãos foram mortos na Nigéria em ataques islâmicos

Fulanis e Boko Haram agiram contra cristãos
Segundo o relatório da ONG Humanitarian Aid Relief Trust (HART), sediada no Reino Unido, mais de 1.000 cristãos foram mortos este ano na Nigéria em ataques de grupos radicais islâmicos como o Boko Haram e os Fulanis.

Com o título de “Sua terra ou seu corpo: a crescente perseguição e deslocamento de cristãos no norte e no centro da Nigéria”, o relatório traz informações sobre a ação dos pastores de gado da etnia fulani que tem atacado fazendeiros cristãos.
“As milícias islâmicas Fulani continuam se engajando em uma política agressiva e estratégica de apropriação de terras em Plateau, Benue, Taraba, Kaduna do Sul e partes do estado de Bauchi”, diz o relatório.
“Eles atacam aldeias rurais, forçam os moradores a sair de suas terras e se estabelecem em seu lugar – uma estratégia que é resumida pela frase: ‘sua terra ou seu sangue'”, diz o documento.
Os fulanis são um grupo de povos nômades predominantemente muçulmanos de cerca de 20 milhões na África Ocidental e Central. Há muito que estão sob tensão com as comunidades agrícolas à medida que a escassez de terras aumenta e as populações aumentam.
Embora o relatório afirme que o número exato de mortes em 2019 é desconhecido, “dados preliminares sugerem que mais de 1.000 cristãos foram mortos desde janeiro”. O HART estima que houve mais de 6.000 cristãos mortos desde 2015 e 12.000 deslocados de suas aldeias.
O relatório que o Christian Post teve acesso enfatiza que a violência contra comunidades predominantemente cristãs “sugere que religião e ideologia desempenham um papel fundamental” nos números crescentes de ataques na Nigéria.
Pastores cristãos e chefes de comunidade são frequentemente alvo de ataques, enquanto centenas de igrejas foram destruídas.
“Os ataques, ocasionalmente, levaram à violência retaliatória, pois as comunidades concluem que não podem mais confiar no governo para proteção ou justiça”, diz o relatório HART. “No entanto, não vimos evidências de comparabilidade de escala ou equivalência de atrocidades”.

A Nigéria é classificada como a 12ª pior nação do mundo quando se trata de perseguição cristã, de acordo a Lista de Perseguição Religiosa da Portas Abertas.