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sábado, 7 de maio de 2022

Pastor Yousef Nadarkhani é preso pela quarta vez no Irã

Em licença temporária da prisão, Nadarkhani teve a chance de voltar para casa por duas semanas.

O pastor Yousef Nadarkhani foi preso novamente e está na prisão de Evin, na capital Teerã, após curto período de liberdade em casa. Ele já tinha sido sentenciado à morte por apostasia e, desde julho de 2018, está cumprindo a pena de dez anos de prisão; posteriormente, a pena foi reduzida para seis anos de reclusão. A acusação contra ele é de “agir contra a segurança nacional ao plantar igrejas domésticas e promover o cristianismo sionista”.   

No último dia 15 de abril, o pastor teve a oportunidade de sair da prisão pela primeira vez. Mesmo após pagar fiança de 300 milhões de tomans (aproximadamente 11.500 dólares), sua licença foi adiada em sete dias. Os filhos do pastor Nadarkhani não têm acesso à escola enquanto o pai está preso e um deles foi agredido por um agente que prendeu o pai, há quatro anos.  

A Comissão Internacional pela Liberdade Religiosa dos Estados Unidos (USCIRF) recomendou que o Irã continuasse na lista de “Países de Particular Preocupação” por “sistemáticas, ativas e graves violações à liberdade de religião”. A Comissão apoiou a breve licença do pastor Yousef, mas insiste em sua completa e permanente liberdade.

Nadine Maenza, membro da USCIRF, disse: “A licença do pastor Nadarkhani, que esteve preso e doente, é um gesto amistoso bem-vindo e aguardado há muitos anos. Contudo, pedimos ao Irã que liberte definitivamente o pastor Yousef e todos os outros que foram presos por causa da fé”. 

O pastor e outros quatro cristãos presos foram contaminados em um surto de COVID-19 na prisão em fevereiro. Nesse período, Yousef disse que só aceitaria a licença temporária da prisão se os cristãos presos com ele saíssem também, mas esse pedido foi negado. 

Ele teve a chance de voltar para casa e passou duas semanas em Rasht com sua esposa, Tina, e os filhos, Danial e Youeil. Mas logo foi detido e os deixou mais uma vez. Apesar dos pedidos das entidades que defendem a liberdade religiosa, ele continua preso. 

A prisão é arbitrária pois não tem base legal, limita os direitos civis, não permitiu um julgamento justo e é baseada em discriminação por crença. Além disso, a USCIRF afirma que as alegações contra o pastor são falsas e que ele foi agredido fisicamente. 


Fonte: Portas Abertas



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